seprator

devoção a conta gotas

seprator
23abril 2018
blog_shape

Já passou algum período com alguma pessoa se desapaixonando? 

Atipicamente eu sinto uma sensação típica de uma relação desgastada por imbecilidades a prova de bala. Sintoma clássico: Enquanto curtimos o gosto inebriante da liberdade, procuramos nos prender a alguém, mas quando nossa liberdade é adulterada, almejamos viver (no máximo) na condicional. 

Relação bipolar: Cela e sentinela. No sentimentalismo lírico da cantora Ana Carolina mandando para o meu Semancol, sinais de fumaça organizados em 3 estágios de “jás”: 

Já sei. Já foi. Já era. 

O celular tocou em meio a uma turbulência que já fazia parte daquele sofá surrado da sala dela… Às vezes é bom tocar algo pra que a gente se toque. Cansei desse amor de conta de bar, tudo anotadinho minuciosamente, esperando a cobrança daquele que fez muito por tão pouco: Eu. 

O amor não está para a contabilidade assim como a contabilidade não está para o amor. Ou você já viu alguém gostar de contabilidade? Isso é falta de opção!  

A devoção a conta gotas dela me irritava e me colocava em questionamento; deixei ela a vontade desde a primeira mesa quadrada de bar, mas a minha vontade era maior que a vontade dela… Em resumo: perdi a própria vontade. 

Sua sensibilidade, adequadamente do tamanho de uma lata de atum me espantava, mas depois minha frustração se acalentava por outras medidas que me mediam quando eu resolvia não me deixar mais de lado… Quando eu “vivia” reparava que outras pessoas poderiam viver comigo em uma vida saborosamente a dois… 

Mas acho que na real, o que fez desbotar meus dias ensolarados foram suas ficções nada científicas em acreditar que sexto sentido resolve tudo… Há de se ter sabedoria para não confundir “avaliação” com “ilusão”! 

Tentei dizer que eu não era um interruptor, mas bem antes disso, quem já havia se desligado era ela. 

Malditas manias fixas: Sempre tentei preencher meu vazio preenchendo o vazio de outras pessoas. Já me reciclei! 

Eu não queria ter certeza de nada, mas também não queria viver na dúvida. Por isso pulei fora… 

É possível pular fora mesmo levando um fora? Dá um tempo pro tempo que é possível sim. Hoje sou grato pelo empurrãozinho que levei na porta do avião… Me faltou ar na hora, achei que ia despencar e espatifar a cara no chão, mas no desespero da rejeição, esqueci que estava de pára-quedas… Cheguei ao solo “pesadamente levitando”… 

Enfim, todos nós nos transformamos em outra coisa (que o diga a minha inigualável mãe), que queria que eu fosse médico, mas fui me apaixonar pelas formas desuniformes das palavras… 

Enfim, precisamos fazer a nossa parte para quem queira fazer parte de um todo, ou de um tudo… 

Como diz o Ed Motta, virei um gato pingado fora da lei, voltei para os meus telhados de uma vez! 

Assim que eu ver uma programação bacana em algum canal (lá dos meus telhados), eu aviso vocês…

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Social

shape
Copyright © Leitura Cura 2018. Todos os direitos reservados