seprator

SERÁ QUE É TÃO DIFÍCIL ASSIM?

seprator
12fevereiro 2024
blog_shape

SERÁ QUE É TÃO DIFÍCIL SERMOS FELIZES?

 

Se você gosta de história e filosofia, provavelmente já ouviu falar da triste punição de Sísifo, o camponês grego traiu os Deuses e foi condenado (eternamente) a empurrar uma gigantesca pedra redonda até o cume de uma montanha, entretanto, quando se alcançava o topo (pelo cansaço e pela gravidade) a pedra rolava morro abaixo e, novamente, ele teria que refazer a árdua tarefa (eternamente).

 

A possível e grandiosa moral desse mito pode ser refletida em vários prismas:

 

Serve para mostrar que nos limitando sempre pelas mesmas ideologias, seremos castigados pela nossa teimosia e mesmice.

 

Serve também para nos alertar sobre os ciclos intermináveis que cultivamos (desnecessariamente) ao longo da vida, o nosso conformismo em aceitar a condenação de seguir uma vida rotineira e repetitiva.

 

Serve para nos apontar que todo ciclo que não se renova faz parte de uma nociva acomodação pela zona de conforto, onde subir e descer mil vezes a mesma rocha, por mais árdua e dolorosa que seja essa tarefa, já se automatizou dentro de nós e como tal, é melhor conviver com a dor da mesmice do que com a dor da mudança.

 

Nas relações amorosas, isso transita com mais frequência do que imaginamos e, por vezes, imperceptível devido as raízes que se fincaram no solo fértil do amor.

 

A semente da omissão traduzida no inconsciente como “deixa pra lá”, “ah, não vou me incomodar mais com isso” ou “cansei de falar” germinam como uma velocidade sorrateira na contribuição da sabotagem amorosa.

 

É fato dizer que o tempo tranquiliza e amortiza muita coisa, pois ele é superior ao ineditismo! Aquela conexão cósmica do início, aquela compatibilidade absurda de ideias, propósitos e pensamentos, a compatibilidade intelectual, química e física… Tudo isso diminui com o tempo, uma ação totalmente natural e inexorável, não?

 

A chama diminui, indubitavelmente, mas para ela se apagar, só depende de quem está na relação.

 

Viemos ao mundo com a obrigação de sermos felizes? Claro que não, mas temos muitas oportunidades para tal.

 

Será que é tão difícil assim sermos felizes?

 

A pergunta acima pode ser respondida com outras perguntas.

 

Por que brigar desnecessariamente? Por que inventar problemas onde não tem? Por que não se preocupar em resolver os seus fantasmas ao invés de ressuscitar o do outro? Por que insistir em mudar o outro ao invés de mudar a si mesmo? Por que repreender ao invés de acolher?

 

Nota-se que a felicidade depende exclusivamente do que estamos plantando, cultivando e adubando.

 

Fica o alerta para a compreensão sobre a liberdade e a responsabilidade humana com relação à sua vida, ao seu mundo e aos outros.

 

“Humanamente não existe um ser que seja feliz sem que o outro também seja”.

René Descartes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Social

shape
Copyright © Leitura Cura 2018. Todos os direitos reservados