Observamos e apontamos os abusos e excessos alheios, mas permanecemos grande parte do nosso cotidiano deslizando os nossos dedos nas telas de um Smartphone. Será que temos consciência do labirinto de espelhos que estamos inseridos?
A noção de normalidade e de vaidade são perturbadoramente confusas; estamos vivendo o que Alice viveu, entretanto, aparentemente num país sem maravilhas.
Os protagonistas como gnomos, sapos, objetos falantes dentre outros dessa obra fantástica e psicologicamente riquíssima em elementos, adquirem um novo formato na era moderna:
São os nossos traumas, as nossas lacunas emocionais e os nossos fracassos convertidos em sombras traduzindo nitidamente que tudo aquilo que rejeitamos dentro de nós arremessamos ao semelhante, seja mãe, pai, amigo, cônjuge, estranhos ou conhecidos.
Entre a fantasia, a realidade e a ficção, cabe uma reflexão:
Esse labirinto de espelhos está refletindo um período de transição entre a infância e a maturidade ou ainda estamos totalmente imersos em uma fantasia dialogando com coelhos, cartas que falam e lagartas gigantes?
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