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Olhos de ver

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23abril 2018
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A beleza que enxergo é insana e se concentra logo abaixo da epiderme, infiltrada em uma veia escondida; quando ativada emite vibrações que percorrem lucidamente cada poro desse corpo balzaquiano de trinta e poucos anos… 

Insanidade é palpável sim e não vive somente na ponta da língua! 

Ela vive nas nuvens onde se formulam rostos. Ela sobrevive nos contos negativos do mês de agosto. Ela mora entre a certeza e o suposto. Ela saboreia o teu gosto e sorri diante do teu desgosto. 

Minha beleza é longitudinal e empírica, vive há poucos milhares de centímetros da minha pia, do meu armário e do portão da minha casa. Vive a exatos segundos de uma mensagem de texto ou das teclas do meu Iphone.   

Minha beleza é bonita, porém, muito mais interessante que a própria face visual de quem a vê… Vale muito mais a beleza do interesse que o interesse pela beleza. Ela prefere o anonimato da certeza que a publicidade da inveja. 

Minha beleza é exibicionista, mas não é metida, possui um grau equivalente ao amor que sinto. Afinal de contas, o amor é exibicionista, sempre queremos ser mais do que somos e sempre nos dedicamos mais que o normal. Fazemos coisas que até a nossa progenitora duvida! 

Não existe só confiança. Existe fé! 

Minha beleza, digo, a beleza que contemplo, não é caracterizada pela inércia, muito pelo contrário, existe algo de surpreendente e enigmático do qual ainda não descobri o motivo da minha sensibilidade e do meu apreço. É uma beleza que a cada dia mostra uma faceta diferente e eu nunca sei o que está por vir… 

Inconstante! 

Minha beleza é uma insaciável pergunta.

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