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Quando pensei em parar de beber…

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28maio 2018
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Um dia pensei em parar de beber. Foram os piores 5 minutos da minha vida… Psicografados abaixo em resumidas nuvens de pensamento (tipo quando o gato Garfield pensa).

04:59…

Cansei dessa tipologia noturna e totalmente fugaz chamada “balada”. Um monte de gente embriagada brincando de quem é quem num mundo de faz de conta: beija beija, pega pega, come come… Parece brincadeira de criança, mas não é!

Zumbilândia – Interessante avaliarmos a patologia pós-balada; passamos o dia vegetando, sem conexão com o mundo real, acordamos tarde, monossilábicos, hipnotizados pela ressaca que corrompe o nosso fígado… Caminhamos em pêndulo, sem vontade de fazer coisa alguma.

Ah sim, compreendo. A balada é uma necessidade vital na vida do jovem… Do jovem! Chega um momento em que precisamos reavaliar nossas prioridades e compreendermos nosso real propósito, aqui, nessa vida.

03:00…

Por isso vou parar de beber!

02:01…

Aqui, pensando comigo, tento com todas as forças separar a bebida da balada, isso não existe! A bebida é o combustível da balada, é a mola propulsora para a descontração e para a concentração também, por que não? Você entra no ambiente, avalia o cenário, e foca em algum alvo… Beber é ser estrategista. É planejar a forma da abordagem, pegar coragem e chegar junto!

A bebida é o nosso lubrificante social, por isso a balada pra quem não bebeu funciona assim ó:

– A fila tá gigante, um baita calor lá dentro, a balada tem mais gente do que a festa de final de ano da Av. Paulista.

– O cara pisou no teu pé e nem desculpas você ouviu, a meninota esbarrou em você e nem um sorriso te deu.

– O suor alimenta a sua vontade de ir embora, tua inquietação te impulsiona a imaginar sua cama e a TV ligada naquele canal de vendas de jóias (que te faz dormir em 5 minutos).

– Decisão tomada, outro obstáculo: A fila! Gigantesca e imponente, rindo do teu desespero e debochando da tua impaciência.

Você zerou na balada? Óbvio que sim!

0:59…

Mas beber tem o que eu chamo de SCC (Sintoma / Causa / Conseqüência):

– Sintoma: Você torna-se vulnerável a qualquer estereótipo e passa achar que tudo é interessante ao seu redor, abandona os seus critérios e o bom gosto passa a ser um mero conceito imaginário.

– Causa: Com a bebedeira, vem a carência afetiva desse mundo virtual que você vive. Suscetível a fazer besteira, você encosta na primeira que olhou para você.

– Conseqüência: O “day after” é o juízo final da sua bebedeira! Ao abrir as pálpebras os outros sentidos dão o veredito: Gosto amargo na boca, desgosto pelo que está vendo deitado bem do seu lado, dissabor pelo cheiro e torcendo pra que ela seja surda e não ouça você saindo de fininho!

0:00…

Bom, os piores 5 minutos da minha vida se foram e percebi que a campainha tocou e a realidade acabou de chegar, toda convidativa e bem na minha frente, dizendo:

– Trouxe um Sauvignon para nós amor!

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