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Felicidade e ponto!

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14junho 2018
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Acho a maior graça; pessoas que são felizes por ambição, não por necessidade. É esquisito pensar assim, mas é uma maneira assertiva de roteirizar a felicidade como a própria felicidade, uma beleza esquisita e dissoluta…

Dissoluta sim, para aqueles que forçam a perpetuação da felicidade imaginando um conto de fadas efusivo e edificante, a felicidade ludibria, envolve e trapaceia.

A felicidade não mora na Rua da Felicidade, e também não provém da Rua da Amargura… Emolduram-na em contos, em filmes “sessão da tarde”, em frases via inbox, em mensagens de texto, mas é pura dramaturgia, ficção nada científica…

A felicidade é sentida por dementes que nunca fizeram terapia. Por audaciosos que nunca saltaram de um precipício e por poetas que sequer leram Saramago… A felicidade não é um estado provisório para os loucos, por isso ela dá um puta barato!

Geralmente a felicidade surge para as pessoas que abandonam o pátio, a boneca, o playmobil, a mesmice alheia… Surge pra quem investe após uma topada mesmo sabendo que os riscos de outra topada são eminentes. É arriscar sem projetar expectativas pelo deslumbramento inicial.

A felicidade não aceita palpiteiros, a não ser que os palpiteiros sejam loucos como você, aí sim vejo sentido, do contrário, são pessoas tentando te convencer que o que você diz ser felicidade não é a sua felicidade. Oras, é a de quem então?

A felicidade é uma insanidade desprovida de temas, rótulos e dizeres protocolares. Quem é feliz de verdade cabula qualquer ordem organizacional, mas é displicente com a sua própria felicidade, afinal de contas, burlar etapas de uma felicidade é apressar um futuro possivelmente promissor.

Para os loucos, a felicidade não possui rendimentos subjetivos, porque ninguém equaciona réplicas, ninguém contabiliza derrapadas, ninguém dá o troco com a mesma moeda e ninguém compete pra ver quem é melhor numa discussão.

Não existe revanchismo para a felicidade, existe a clarividência, a transparência e ninguém sofre da SPT (Síndrome de Personagem Teatral).

Ser feliz não é pra poucos, é para loucos!

Entretanto (porque para tudo existe um tanto), há de se entender que se pretendemos eleger um coadjuvante para ensaiar a nossa felicidade, que essa pessoa não seja um diagnóstico, nem tampouco um prognóstico, que ela seja insana, atrevida e com apetite em ser feliz.

Felicidade é assim: Estar feliz para um dia fazer feliz!

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