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Eclipse social

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09maio 2018
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Somos incapazes. Incapazes de muitas coisas, dentre elas, de sermos felizes.

Procuramos incessantemente a felicidade, que escapa de nossos planos a todo instante poque nos falta um pequeno detalhe: O relativismo. Felicidade necessita ser mesclada entre o palpável e o intangível. Como nos falta este entendimento, buscamos a felicidade nas coisas perecíveis, sujeitas as vicissitudes materiais e, assim, vivemos correndo atrás do próprio rabo.

Mas o que seria a felicidade abstrata? A felicidade que não se pega? Que não se sente entre os dedos e nem no desejo insaciável do nosso ego e da nossa vaidade?

A felicidade da paz no coração! De buscar o que eleva a alma, o que engrandece o espírito, o que fortalece o lado intelectual da nossa massa cefálica.

Ao invés disso, procuramos com tenacidade tudo que nos perturba, tudo que nos agita ilusoriamente e que nos provoca um dado no mínimo antagônico: Criamos de propósito os tormentos e as angústias que só a nós caberia ser evitados.

Estranha auto-sabotagem essa de criar a doença para solucionar a cura, não?

Com essa busca frenética e irrefreável pela conduta dos templos de consumo, procriamos um outro mal: a inveja e o ciúme.

Existe tormento mais visceral e ardiloso que a inveja e o ciúme?

Acho que não, se pensarmos que o invejoso e o ciumento não descansam sequer um minuto, não, não existe nada pior!

Ambos sofrem de uma dor eterna; a cobiça! Os bens do vizinho lhes causam insônias. O sucesso dos amigos, concorrentes ou até mesmo rivais lhes provocam vertigens. Até mesmo um “bom dia” acalorado de sorrisos de uma pessoa perturbam seus pensamentos.

Existe um interesse em comum entre o invejoso e o ciumento; o interesse pelo eclipse social, para eles, o que importa é ser melhor do que o outro…

Pensemos, todavia, em como seria se não criássemos estes estereótipos de pessoas. Quantas inquietações evitaríamos se nós aprendêssemos a nos contentar com o que temos?

Como seria a vida de quem vê – sem inveja – o que não lhe pertence? E se abdicássemos dessa vida de “ser o que se é só para parecer o que não se é”?

Já imaginou se olhássemos um pouco para baixo para ver aqueles que possuem menos que nós, ao invés de fitarmos os olhos somente naqueles que tem de sobra?

Seríamos mais pacíficos, mais calmos, mais serenos, afinal de contas, a calmaria em meio as angústias e aos tormentos da vida não seria a felicidade que tanto procuramos?

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