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A tipologia de um delito

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09maio 2018
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A tipologia de um delito.

A vida poderia ser resumida em um pequeno artefato, um brinquedo conhecido por poucos diante de uma era onde a indústria canibalista dita os heróis e vilões.

O boomerang.

Já brincou com ele?

Pouco? Algumas vezes? Nunca?

Engano seu!

Tenha ampla certeza de que você o pratica todos os dias (e sem precisar visitar um Parque ou convidar um amigo), na verdade, ele está incorporado à sua vida e depende exclusivamente dos teus movimentos diários, automatizados ou não.

Depende do que você imagina, deseja, pensa, exerce, articula e fala… Todas essas conjugações (e muito mais) que nos fazem pulsar, irradiar, vibrar e nos manter vivos mediante um único propósito: As escolhas.

Nossa existência depende de um processo interminável de escolhas. Para que possamos viver, torna-se indispensável escolher, sempre.

Lembrando que evitar “não pensar” também é uma escolha, a cartilha possui uma única e inquebrável regra: escolher é ser responsável pelo resultado.

Não tente se escamotear no seu melindroso ego; somos autores por tudo que experimentamos em nós mesmos e em nossas vidas; culpar o trânsito, o elevador, o pai ausente, a falta de oportunidade, a chuva, o amigo, o irmão, o chefe é desenvolver álibis e se afastar da conduta madura e responsável de um adulto integro e decente.

Na mesma ordem, reclamar e criticar nos dá uma tipificação clara de que pertencemos (todos, todos, todos) ao mesmo grau de ignorância e conhecimento, uns sabem perdoar com facilidade, outros sabem doar sem cobrar o recebimento e outros tantos sabem aceitar com mais esportividade as indigestões da vida.

Existem os réus (aqueles que oprimem, que vivem de aparências, que se fazem de santos, que abusam da confiança, que tiram vantagem, que falam que a corrupção é nojenta, mas mentem a todo instante, que vivem apontando defeitos e fragilidades do próximo, que se acham experts em tudo… … … …).

Existem os autores (que sofrem as opressões, que convivem com as aparências, com os falsos amigos, com a corrupção, com a traição e com os defeitos e fragilidades).

Existe o Juíz (indiferente de religião) e, ao contrário do que imaginamos: não pune, não sentencia e não castiga ninguém, simplesmente educa, conscientiza, ensina.

Mesmo assim, a gente adora sê-lo e, sem pensar no boomerang, tipificamos a ofensa, determinamos a pena e escolhemos a punição.

O que perdemos? O sossego e a paz.

O que achamos que ganhamos? A razão e a felicidade.

Plenamente feliz é aquele que ao por a cabeça em seu travesseiro reflete consigo mesmo: “Nada tenho contra o meu próximo”.

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