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Obedecendo ponteiros

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29abril 2018
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Me olhei no espelho hoje pela manhã de uma forma diferente das outras manhãs. A última olhada de 2011? Claro que não! Mas a última manhã de 2011 (já viu libriano se desquitando de um espelho?).

Uma olhada mais prolongada que as normais e, dessa vez, sem pensar nas reuniões e nas tarefas diárias do dia… Troquei meus pensamentos imediatistas por um pacote de satisfações chamadas de “reflexão”.

Encarei. Confrontei. Me peitei!

Um embate saudável entre o consciente e o ciente, entre a realização e a aceitação, entre o isolamento físico e mental feito fita isolante separando os fios desencapados do abajur.

Acho que respeitei o relógio… Obedeci cada ponteiro e seus movimentos circundados e metódicos durante grande parte desses 365 dias que se passaram, jazidos pela única força capaz de superar o tempo: a saudade!

Em 2011, estudei os meus movimentos sem compreender exatamente a sua causa. Cinemática pura!

As pessoas que me roubaram, pessoas que me tomaram emprestado e as que me devolveram provando que a física e as suas leis são verossímeis em suas regras – aceleração e desaceleração – densidade de energia – força resultante.

Entretanto, há de se honrar o trabalho como um montante e não na reta final como todo processo organizacional impõe… Talvez aí esteja infiltrado o grande desentendimento da humanidade: analisar o resultado somente pelo fim…

Sou um psicanalista assumido dos meus resultados, por isso encosto a porta educadamente para 2011 rejeitando-o seu pedido de esmola. Se levo algum resquício de insucesso para 2012 fico com a sensação de que sou um livro decorado e previsível… Talvez aí esteja infiltrado o grande desentendimento da humanidade: fracassar nas metas anteriores e pensar na mudança somente nas doze badaladas do ano seguinte…

Por que temos essa mania patológica de transformar o ano em uma espécie de ata? Precisamos mesmo desse marcador de tempo? Para as mudanças não, nunca! Para sinalizar que estamos envelhecendo sim, se faz necessário!

Os números do calendário existem justamente para nós compreendermos que a ordem progressiva é sempre do número menor para o maior, para tanto devemos nos amplificar e comemorar cada ação, cada atitude, cada gesto… Lembrando que a jornada desse plano é uma brilhante e surpreendente brincadeira de “boomerang” num universo de “voz e eco”.

Agradeço de coração a todas as pessoas que realçaram a minha vida em 2011; satisfatoriamente ou não, tudo é um aprendizado quando o otimismo é o guia do caminho que se escolheu seguir.

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