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Baseado em fatos irreais

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23abril 2018
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Com suas ficções nada científicas, a normalidade não exala cheiro e nem sabor; monta uma lista de afazeres e no dia seguinte ignora a agenda. Brinca de gangorra de dia e a noite sai de scarpin ou de camisa xadrez… É uma displicência natural. 

Baseada em fatos irreais, a normalidade é toda trabalhada no alto astral e se posiciona a favor das intenções. Quem disse que ela veio para se explicar? Ela veio pra te confundir! 

Partindo da premissa ideológica de que todos procuram e querem ser encontrados, a normalidade é relativamente cognitiva diante dessa brincadeira oitentista chamada de “pega pega”… Anormal seria brincar de “esconde esconde” quando estamos com a intenção de reparticionar a nossa solidão. 

Recreações à parte, nenhuma normalidade é unânime, mas toda frivolidade é desuniforme. 

Discutir por banalidades é uma frivolidade. O desentendimento deve vir por conseqüência de algo grandioso, ou seja, por uma normalidade. Comprar brigas sem parcelamento é tão prejudicial quanto competir em um desentendimento. Não existe fair play quando existe concorrência. 

A eloqüência afugenta as palavras ríspidas e coloca o desentendimento em plena normalidade. Anormal é ignorar a força motriz que um adjetivo ou sinônimo representa em uma relação, por isso a arte de ouvir é algo tão venerado e tão invejado pelos seres imperfeitos. 

A anormalidade é evocativa. Reprodutora da imaginação fértil e de pensamentos escusos que te pesam em pesadelos representativos.  

Normalidade é entender que todos nós temos a nossa exuberância interna em revezo com as nossas deficiências, estruturadas em dados de realidade: sem julgamentos e sem suposições. 

Normalidade é abrir mão do convencimento e – em troca – identificar os desconfortos através do esclarecimento.

Normalidade é terapêutica: É ouvir com atenção; assimilar com introspecção e debater sem competição em busca de uma denominação compatível com o rumo que se quer tomar. 

Só não existe normalidade para aqueles que acham que a sua normalidade deve ser igual a normalidade do outro. 

Um brinde as nossas deficiências incorrigíveis, sem elas não haveria saudade, intimidade, autocrítica, nem mesmo a lascívia presente entre quatros paredes.

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