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Amores e dissabores

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23abril 2018
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Sim, quer dizer não! Não vou iniciar esse texto dizendo não… O “não” é uma palavra que me remete a rejeição, a repulsa, a recusa, ao afastamento… Muito embora eu esteja sentindo tudo isso dentro de um liquidificador. Tudo junto e misturado, tudo palpitando aqui dentro. 

Sim, quer dizer, não! Não vou viver como alguém que tá na fila a espera de um amor avassalador. Fila é um alinhamento sequencial das coisas ou algum tipo de organização alinhada de pessoas. Não vim pra esse mundo pra compor essa fila de peças de dominós, onde se um se estrepar, se estrepa todo mundo junto! 

É preciso desaprender na vida e aprender com as pessoas que são verdadeiras ondas do mar, fazendo de cada recuo um recomeço para um novo avanço! Cada pessoa é um começo, nem pense em mudar essa ordem! 

Talvez o destino quisesse assim (vai saber), para mim, o destino é um mero conceito popular, mas sua força é estrondosa, inegavelmente estrondosa: O destino risca e ninguém rabisca. Será que já tava escrito que seria assim?  

É preciso conviver com nossas irrealizações! 

Triste enxergar que no presente (eu e você) não teremos sequer um resquício de futuro, a mínima possibilidade de estarmos (inclusive) no mesmo ambiente. Procurei um fundamento para compreender esse seu afobamento e essa inundação de rusgas e arranhões dados na alma, refletida em cada espelho do nosso olhar, mas notei que a vida não possui fundamento… Razão? Talvez! 

A estrada com você é um carrinho descarrilado e sem freio em meio a uma montanha russa. Até gosto de sentir o arrepio que o medo pelo desconhecido proporciona, mas você se tornou um desconhecido conhecido, já não sei mais sobre os tópicos dos teus dias utópicos. Você ainda preserva suas manias que tanto me tiravam do sério? 

Eu (ainda) mantenho as minhas manias. Sempre que tua presença imaterial invade um pensamento meu eu simplesmente choro desinibidamente, mas choro baixinho, para a minha integridade e o meu orgulho não acordarem e me puxarem pro meu mundo real. Um mundo ideal? Talvez!

Eu me permito! Eu me permito ignorar toda essa trajetória que tivemos juntos e não revirar mais o passado que passou desapressado, eu só preservo num jardim imaginário, doces recordações de mãos dadas com um bouquet vermelho… E só! 

To num estado de entropia. Sabe? 

Um amor igual entre a gente era diferente de tudo que qualquer outra gente já viu! A gente nunca sabe o equilíbrio exato para se doar não é mesmo? Ás vezes esse ponto exato é confusamente inexato. 

Até quanto tempo alimentamos uma boca e vemos a nossa morrer de fome? 

Hoje encontro novas respostas para as perguntas antigas: Por que o amor precisa se eternizar debaixo dos tapetes vermelhos da fama? Longe das luzes da ribalta e dos holofotes das celebridades? 

Hoje eu sei resolver essa questão! 

O exibicionismo do amor aguça as forças ocultas dos que invejam a competência de amar. Por isso é bom amar silenciosamente diante da sociedade e gritar escandalosamente entre quatro paredes. 

Ame no anonimato e na duplicidade simultânea de um olhar. Provoque encantamentos gratuitos e constantes (seja inconstante). Entorpeça, seduza e enlouqueça!!! 

Mesmo eu sendo tantos homens em um só, sei que o fim nunca é bom, porque se fosse bom, não seria o fim, mas sim o começo!  

Mulheres: Seres (im)previsíveis e fascinantes. Enquanto isso, nós (homens), tateamos no escuro em busca dessa tradução!

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