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A menina encantada

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23abril 2018
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Que tal desistir de resistir e existir em mim? 

Que vontade de sentir tua boca na minha boca. De te devorar com os olhos e lamber os dedos em meus pensamentos… De te puxar pra dentro de mim!

Amo como ama o amor, sofro como sofre o sofrimento. O amor não se põe em uma planilha de Excel, não é chegado a estatísticas, nem fita métrica. O amor é filantrópico quando se entende perfeitamente a arte de doar sem esperar, e é peçonhento quando se pratica a arte do querer só ganhar!

Quando se ama, se ama sem uma precisão exata das coisas… Quando as medidas se tornam pequenas para medir as medidas, sim, você encontrou o amor!

A menina encantada!

Inefável!

Teu amor é imenso, remanescente de outras vidas. Mesozóico! Fossilizado nas rochas do tempo, encobertas pela mutação da natureza exercida sobre nós a milhões de anos e que um dia foram pisadas por gigantescos animais.

Quero lembrar de você em outras idas, vidas e vindas. Em meu pensamento uma placa: Seja benvinda, serás muito bem acolhida! Em meu coração um bilhete: Te darei o meu amor em forma de um convidativo banquete!

Sim! Eu tenho perseguido o seu coração, sombras se desvanecem em tentativas em vão. Sentimento urgente esse que temos em querer uma pessoa que também nos quer não é mesmo? Tenho a necessidade de sentir a necessidade que você tem por mim…

A menina encantada, pensativa (bem me quer, mal me quer).

Ouço uma música que me quer bem em sua composição. Vejo um extenso corredor de azaléias e você a desfilar por ele. Cabelos soltos (dançando em sintonia com o vento), esvoaçantes, entrariam facilmente em qualquer comercial de xampu… Você; sorria um sorriso sorridente, e me fitava efusivamente com o olhar…

Ah o olhar… O primeiro beijo dá-se com os olhos, isso não se pode negar!

Acordo!

Sobressalto em plena madrugada, um susto! Coração disparado, mas não era nada preocupante, apenas sua afável e inesperada visita em meus sonhos.

Sensações…

Do teu lado, flutuo em partículas de Co2, porém, elas não me sufocam, me deixam leve e sem remorso. Por que te amar me traria arrependimento? Enfrentei meu orgulho, venci a vaidade, furei a fila, entreguei uma rosa colombiana, enfim, derrubei todos os muros existentes desse prefácio repleto de etapas, ufa, cheguei aqui!

De início: ela – palavras não faladas, seladas pela timidez, caladas pela cautela e pela malícia despretensiosa de usar os ouvidos mais do que a boca.

De início: eu – envolvido por 4 estágios de admiração da sua beleza que: apetece, inebria, contagia e entorpece!

E mesmo possuído por tal visão, falei:

De dia, desempenho meu papel: sou durão, veemente, incisivo, persuasivo. À noite, ao girar a chave da porta, me deparo com um silêncio aterrador, sufocante… São os ecos de uma solidão afônica que sorri da minha angústia.

Antes de me esbarrar em você e ver a tua imagem colar na minha retina, eu indagava absorto:

Para onde vão os corações partidos? Existe alguém esperando por eles ao voltar pra casa?

Agora, não mais! Esse fantasma fantasiado de pergunta não me assombra porque quem ama se encoraja, se engaja, se levanta, se dispõe e se predispõe. Não existe amor sem segredos repartidos, aqui deixo o meu:

Uma canção não cantada, um verso sem poesia. Desengonçado, como alguém que dança fora do ritmo… Indefinido em uma definição bem definida: te amar!

Você, que termina essa leitura: cabe um toque de amigo, um aviso de brother? Fica dica:

Se você se sente injustiçado com as leis mundanas, está exausto da rotina do dia a dia e sente na alma as bofetadas da vida, eu lhe recomendo o amor!

Bom, está na hora de deixar as estrelas e partir novamente para o planeta terra… Quando eu sentir vontade de regressar, ligo pro meu amor de novo e volto a tagarelar.

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