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A complexidade do básico

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23abril 2018
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     Tempos de convivência, às vezes sem qualquer conivência. São afinidades, diferenças, desafios, e apesar desse equilíbrio desequilibrado, projetos de vida em comum…

     Quando uma relação (convencional ou não) atravessa o tempo e se mantém intacta, tem pelo menos um saldo: O amor.

     O amor antes do amor:

   Algo composto por pequenas partículas. Íntimos detalhes como as qualidades (aparentemente) sem tanta importância de um sorriso acanhado, um abraço tímido ou um olhar gentil… O encontro de duas solidões que se completam e se fundem inexplicavelmente.

   Vertiginosamente. Uma vida mais aromatizada, com beijos temperados em dias pretensiosamente destemperados. Uma vida com nota musical, maestro e regência…

   Regência?

   A desordem da humanidade é regida pelo desapego. Enquanto o bom costume espera, a reciclagem de pessoas impera.

     Amor: sentimento puro e asséptico de duas imagens impuras e pecadoras…

… Nos acostumamos a nos acostumarmos com os costumes mesquinhos de um relacionamento preguiçoso e enfadonho, onde o mínimo é tão mínimo que de tão mínimo se tornou o máximo, entenderam? É como se contentar com um pouco, se acostumar com esse mesmo pouco e se adaptar com esse pouco, aos poucos.

   É complicado descomplicar uma vida descomplicada em um mundo complicado. As pessoas complicam demais o ecossistema em que vivem.

   Quem dera o amor não tivesse a tão falada força G, assim viveríamos caminhando em nuvens e deixaríamos um pouco de pisar no chão empoeirado da nossa cidade.

  Sabe aquela vacina “anti-envolvimento” que você tomou após ter quebrado a cara em seu último relacionamento?       Suspenda-a!

  Sabe aqueles conselhos em forma de medicamento que te dão sobre não se doar para alguém? Suspenda-os também!

  Puta que pariu! Será que só sabem ridicularizar o amor? Até quando as pessoas vão usar máscaras e transformá-lo em um maldito simulado, cheio de questões, perguntas e esse papo furado de “perfil adequado”?

   Se existisse “perfil adequado”, não existiria mais recrutamento em empresas, pois todos estariam orgulhosos do seu ofício e o desemprego estaria abaixo do nível do mar.

   A questão vai além de uma justificativa abstraída dos setores de RH das empresas. Hoje ninguém mais tem paciência para conhecer alguém, tolerar, entender e desmistificar essa pessoa… Ninguém tem mais saco pro amor!

   Para os pacientes e sábios pensadores, o amor nasce aos poucos em um processo fundido em etapas e encontros…

… Depois passa pro coração que traduz esses pulsos em pulsantes e impulsivas frases e atitudes. Uma confusão de sinais que ás vezes você nem sabe mais onde parou ou por onde começou…

    Dizem que o amor é cego… Muito mais do que isso: O amor é básico!

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